SUBLINHADOS PARA TI

com a esperança da cor Verde, o que eu sublinhei enquanto dormias...

quinta-feira, março 31, 2005

O tempo é a única prova segura de tudo. Não só é o crítico mais severo; é o crítico recto e preciso. Ninguém pode julgar do valor disto ou daquilo num momento, porque só o tempo o pode fazer. O tempo dar-lhe-á o valor que merece. (...) Nunca se deixe enganar pelo calendário. O ano só tem os dias que sabe empregar bem. Uma pessoa pode ter num ano o valor de uma semana, enquanto outra tira o valor de um ano inteiro em uma semana.

Alfred Montapert, in 'A Suprema Filosofia do Homem'

sábado, março 26, 2005

Isn't everything we do in life a way to be loved a little more?

in Before Sunset

sexta-feira, março 25, 2005

Nisto consiste o erro tão frequente e tão grave dos novos: precipitam-se quando o amor os atinge, porque faz parte da sua natureza não saberem esperar. Entregam-se quando a sua alma é apenas esboço, inquietação, desordem. (...) E cada um perde o 'sentido do largo' e os meios de o atingir, cada um troca os vaivéns das coisas do silêncio, cheios de promessas, pela confusão estéril, de que só pode sair fastio, indigência e desilusão. Só lhes resta refugiarem-se numa dessas múltiplas convenções que existem em todo a parte como abrigos ao longo de um caminho perigoso.

Rainer Maria Rilke, in "Carta a um Jovem Poeta"

terça-feira, março 22, 2005

Aos deuses peço só que me concedam o nada lhes pedir, e tendo escrito não soube que mais dizer, há ocasiões assim, acreditamos na importância do que dissemos ou escrevemos até um certo ponto, apenas porque não foi possível calar os sons ou apagar os traços, mas entra-nos no corpo a tentação da mudez, a fascinação da imobilidade, estar como estão os deuses, calados e quietos, assistindo apenas.

José Saramago, in "O Ano da Morte de Ricardo Reis"

domingo, março 20, 2005

O tempo é muito lento para os que esperam,
muito rápido para os que têm medo,
muito longo para os que lamentam,
muito curto para os que festejam.
Mas, para os que amam, o tempo é eternidade.



William Shakespeare

quarta-feira, março 16, 2005

afraid to sleep

We slept in this room together
but now you're gone
It's so quiet, I'll turn the TV on

We lived in this room together
We painted the walls
Now time doesn't stand still -- it crawls

And I'm afraid to sleep
cause if I do I'll dream of you
And the dreams are always deep
on the pillow where I'll weep

I never realized how much I was in love with you
till you started sleeping with someone new
Last night I dreamed again, and you were there
You kissed my face; you touched my hair

And I'm afraid to sleep
cause if I do I'll dream of you
And the dreams are always deep
on the pillow where I'll weep

Lyin' alone in the darkness
with a memory in my head
There's a big hole where my heart is
and a lonlely feeling rolling 'round my bed

And I'm afraid to sleep
cause if I do I'll dream of you
And dreams are always deep
on the pillow where I'll weep

On the pillow where I'll weep
I'm afraid to sleep

Dido

terça-feira, março 08, 2005

Aprendo a ver. Não sei por que motivo, tudo penetra em mim mais profundamente e não se imobiliza no ponto em que se costumava extinguir. Tenho uma interioridade que desconhecia. Tudo agora para aí se encaminha. Não sei o que aí se passa.Quando hoje estava a escrever uma carta apercebi-me de que estou aqui apenas há três semanas. Três semanas em qualquer outro lugar, no campo, por exemplo, seriam como um só dia, aqui são anos. Também já não quero voltar a escrever cartas. Para que hei-de dizer a alguém que me estou a transformar? Se me estou a transformar, já não sou aquele que fui, e sou diferente do que era até aqui, por isso é óbvio que não conheço ninguém. E é impossível escrever a pessoas desconhecidas, a pessoas que não me conhecem.

Rainer Maria Rilke, in 'As Anotações de Malte Laurids Brigge'

quinta-feira, março 03, 2005

I've learned that people will forget what you said, people will forget what you did, but people will never forget how you made them feel.

Maya Angelou